Venezuela aumentará tropas em estados para combater tráfico de drogas

Venezuela aumentará tropas em estados para combater tráfico de drogas


 A Venezuela prometeu nesse domingo (7) aumentar drasticamente as tropas nos estados costeiros para combater o tráfico de drogas – medida que ocorre depois que os Estados Unidos (EUA) determinaram o envio de mais dez caças a Porto Rico para realizar operações contra os cartéis na região.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou o envio de mais tropas para a região de Guajira, no estado de Zulia, e para a península de Paraguaná, em Falcón, disse o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, acrescentando que a área constitui “rota do tráfico de drogas”.

A presença militar na ilha de Nueva Esparta e nos estados de Sucre e Delta Amacuro também será ampliada. Cerca de 25 mil soldados devem ser enviados, em comparação com os 10 mil que foram enviados aos estados de Zulia e Táchira, que fazem fronteira com a Colômbia, segundo Padrino.

“Ninguém virá e fará o trabalho por nós. Ninguém vai pisar nesta terra e fazer o que devemos fazer”, disse o ministro em vídeo postado nas redes sociais.

As tensões entre a Venezuela e os EUA aumentaram na esteira da nova abordagem do presidente Donald Trump para combater o narcotráfico ilegal.

O envio dos jatos se soma ao acúmulo militar dos EUA no Caribe e ocorre após um ataque militar, na semana passada, que matou 11 pessoas e afundou um barco da Venezuela que, segundo Trump, estava transportando drogas.

Maduro acusou os EUA de buscar uma mudança de regime.

Trump afirmou, na sexta-feira (5), que os Estados Unidos não estão falando de uma mudança de regime, mas comparou as mortes de centenas de milhares de norte-americanos por overdose a mortos de guerra, enquanto procurava justificar a atividade militar no Caribe.

O presidente norte-americano está avaliando as opções para novos ataques, incluindo possíveis alvos suspeitos de cartéis de drogas na Venezuela, informou a CNN na sexta-feira, citando várias fontes informadas sobre os planos do governo. O ataque marcaria uma grande escalada.

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Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br Acessar