Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo / SECOM
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das hepatites virais, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta para a campanha Julho Amarelo. As hepatites virais são doenças inflamatórias do fígado causadas por diferentes tipos de vírus — principalmente os tipos A, B, C, D e E — e podem evoluir de forma silenciosa, levando a complicações graves como cirrose, câncer hepático e até a morte. Santa Catarina possui uma rede pública de saúde estruturada que oferece vacinas, diagnóstico e tratamento desde a Atenção Básica até a Especializada.
A principal forma de defesa contra as hepatites A e B é a vacinação oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para a Hepatite A é recomendada a imunização para crianças de 15 meses a 5 anos, eficaz e assumida como imunidade duradoura.
Já a vacina contra a Hepatite B é aplicada em recém-nascidos (primeira dose nas primeiras 12 horas), seguida de reforço aos 2, 4 e 6 meses. Atualmente, esse imunizante está disponível para a população de todas as faixas etárias, não vacinados ou sem informação sobre vacinação prévia. A vacina também protege contra a hepatite viral D, que apenas se manifesta em pacientes portadores do vírus da hepatite B.
Tratamento
O diagnóstico precoce é essencial para o sucesso dos tratamentos. As hepatites B e C têm tratamento gratuito pelo SUS. A hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos com os antivirais de ação direta. O tratamento da Hepatite B permite o controle da doença, reduzindo o risco de evolução da cirrose hepática e do câncer do fígado.
“A recomendação é que todas as pessoas façam os testes, especialmente aquelas que têm mais de 40 anos, aquelas que compartilham objetos perfurocortantes ou têm histórico de infecções sexualmente transmissíveis, e também as gestantes no pré-natal. As unidades de saúde municipais dispõem de testes rápidos para os vírus das hepatites B e C, oferecendo amplo acesso, rapidez e confiabilidade no diagnóstico. O uso de preservativos, a não reutilização e compartilhamento de materiais perfurocortantes e a vacinação são medidas simples e eficazes”, destaca Eduardo Campos, médico infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE).
Números em SC
No estado de Santa Catarina, no período de 2014 a 2024, foram notificados 26.803 casos de hepatites virais, sendo 838 casos de hepatite A (3,1%), 13.758 de hepatite B (51,3%) e 12.207 de hepatite C (45,5%). Nesse mesmo período foram registrados 585 óbitos referentes a estas hepatites.
A Hepatite A registrou um aumento entre os anos de 2022 e 2023, saltando de 11 para 228 casos, principalmente na região da Grande Florianópolis, fenômeno ocorrido no verão daquele ano. Os homens são acometidos três vezes mais que as mulheres.
A série histórica mantém caracteristicamente as regiões do Extremo Oeste e Oeste concentrando a maioria dos casos de infecção pelo vírus da hepatite B. Enquanto a região litorânea, em especial a Grande Florianópolis, tem a maior incidência de infecções pelo vírus da hepatite C.
Mais informações:
Daniela Melo
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
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Fonte: estado.sc.gov.br Acessar