Produção industrial varia 0,1% em abril

Produção industrial varia 0,1% em abril


Em abril de 2025, a produção industrial nacional variou 0,1% frente a março, na série com ajuste sazonal. Em relação a abril de 2024, na série sem ajuste, houve variação de -0,3%, interrompendo, dessa forma, dez meses consecutivos de crescimento. O acumulado no ano foi a 1,4% e o dos últimos 12 meses chegou a 2,4%. Já a média móvel trimestral para o trimestre terminado em abril ficou em 0,5%.








Abril 2025 / Março 2025 0,10%
Abril 2025 / Abril 2024 -0,30%
Acumulado no ano 1,40%
Acumulado em 12 meses 2,40%
Média móvel trimestral 0,50%

Três das quatro grandes categorias econômicas e 13 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram avanço na produção na passagem de março para abril de 2025.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por indústrias extrativas (1,0%) e bebidas (3,6%), com a primeira acumulando expansão de 7,5% em três meses consecutivos de crescimento; e a segunda voltando a crescer após apontar variação nula (0,0%) em março e -0,1% em fevereiro de 2025.

Outras contribuições relevantes sobre o total da indústria vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de impressão e reprodução de gravações (11,0%).

Por outro lado, entre as onze atividades que mostraram queda na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%) exerceram os principais impactos na média da indústria, com ambas eliminando parte dos avanços verificados em março último: 3,4% e 12,0%, respectivamente.

Outras influências negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), de máquinas e equipamentos (-1,4%), de móveis (-3,7%), de produtos diversos (-3,8%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,9%).













Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil – Abril de 2025
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Abril 2025 /
Março 2025*
Abril 2025 /
Abril 2024
Acumulado
Janeiro-Abril
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital 1,4 -3,3 2,6 8,3
Bens Intermediários 0,7 1,9 1,5 1,9
Bens de Consumo -1,6 -4,2 0,5 2,4
  Duráveis 0,4 2,0 8,8 11,3
  Semiduráveis e não Duráveis -1,9 -5,4 -0,9 1,0
Indústria Geral 0,1 -0,3 1,4 2,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
*Série com ajuste sazonal

Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente a março de 2025, na série com ajuste sazonal, bens de capital (1,4%) mostrou o resultado positivo mais acentuado em abril de 2025 e eliminou a perda de 0,5% verificada no mês anterior.

Os setores produtores de bens intermediários (0,7%) e de bens de consumo duráveis (0,4%) também assinalaram crescimento nesse mês, com o primeiro marcando o terceiro mês seguido de avanço na produção, período em que acumulou ganho de 2,1%; e o segundo acumulando expansão de 4,2% em dois meses consecutivos de resultados positivos.

Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 1,9%, mostrou a única taxa negativa em abril de 2025 e eliminou parte do avanço de 2,8% registrado em março último.

Média móvel trimestral varia 0,5% no trimestre encerrado em abril

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,5% no trimestre encerrado em abril de 2025 frente ao nível do mês anterior e marcou o segundo mês seguido de crescimento, acumulando nesse período expansão de 0,9%.

Entre as grandes categorias econômicas, todas assinalaram resultados positivos em abril de 2025, com maior intensidade para bens intermediários (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,5%), e menor para bens de capital (0,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,1%).

Frente a abril de 2024, produção industrial varia -0,3%

Na comparação com abril de 2024, o setor industrial assinalou variação negativa de 0,3%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 48 dos 80 grupos e 53,7% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que abril de 2025 (20 dias) teve 2 dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos alimentícios (-4,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,0%).

Outras contribuições negativas importantes foram assinaladas pelos ramos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-3,8%), de impressão e reprodução de gravações (-17,5%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-5,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,8%), de produtos diversos (-5,3%) e de produtos de borracha e de material plástico (-1,5%).

Por outro lado, na mesma comparação, entre as nove atividades que apontaram expansão na produção, indústrias extrativas (10,2%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria. Vale destacar também as contribuições positivas dos ramos de metalurgia (4,4%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (10,4%), de máquinas e equipamentos (2,5%), de produtos têxteis (6,6%), de bebidas (2,5%) e de produtos químicos (0,9%).

Bens de consumo semi e não duráveis e bens de capital recuam frente a abril de 2024

Ainda no confronto com abril de 2024, bens de consumo semi e não duráveis (-5,4%) e bens de capital (-3,3%) assinalaram, em abril de 2025, as taxas negativas entre as grandes categorias econômicas, acompanhando o movimento registrado pelo total da indústria (-0,3%). Por outro lado, os setores produtores de bens intermediários (1,9%) e de bens de consumo duráveis (2,0%) apontaram os resultados positivos em abril de 2025.

O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis recuou 5,4% em abril de 2025 frente a igual período do ano anterior, após avançar 2,4% em março, quando interrompeu quatro meses consecutivos de taxas negativas nesse tipo de comparação. O desempenho negativo nesse mês foi explicado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos, com destaque para alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,2%), carburantes (-9,2%) e não duráveis (-6,7%), pressionados, em grande parte, pela menor produção de carnes e miudezas de aves congeladas, açúcar refinado de cana-de-açúcar, biscoitos e bolachas, arroz, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, massas alimentícias secas, café torrado e moído e complementos alimentares e suplementos vitamínicos, no primeiro; de álcool etílico, no segundo; e de medicamentos, preparações capilares, sabonetes em barras, sabões ou detergentes, vacinas e soros, desinfetantes para usos doméstico ou industrial, impressos para fins publicitários ou promocionais em papel, artigos descartáveis de plástico e amaciantes, no terceiro.

Vale citar também os resultados negativos registrados pelos grupamentos de semiduráveis (-6,3%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (-4,0%), influenciados, em grande medida, pelos recuos na produção dos itens telefones celulares, camisas, blusas e semelhantes de uso feminino (de malha ou não), calçados femininos de material sintético e de couro, calças compridas, vestuário infantil e seus acessórios (de malha ou não), vestidos (de malha ou não), calçados para esportes de material sintético, cortinas e seus acessórios, artefatos de alumínio para uso doméstico, colchões e roupas de dormir ou de banho, no primeiro; e filés e outras carnes de peixes frescos, refrigerados ou congelados, no segundo.

A produção de bens de capital, ao recuar 3,3% em abril de 2025 frente a igual período do ano anterior, marcou a segunda taxa negativa consecutiva e intensificou o ritmo de perda frente ao resultado do mês anterior (-0,8%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado, principalmente, pelo recuo observado no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (-12,0%), pressionado, em grande parte, pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, ônibus e reboques e semirreboques. Vale destacar também os recuos registrados pelos grupamentos de bens de capital para construção (-12,7%), para energia elétrica (-5,1%) e agrícolas (-1,0%). Por outro lado, os subsetores de bens de capital para fins industriais (2,7%) e de uso misto (7,1%) assinalaram as influências positivas em abril de 2025.

Ainda no confronto com abril de 2024, o segmento de bens intermediários, ao crescer 1,9% em abril de 2025 frente a igual período do ano anterior, assinalou a segunda taxa positiva consecutiva, mas mostrou perda de intensidade frente ao resultado do mês anterior (3,9%). O índice desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (10,2%), de metalurgia (4,4%), de produtos químicos (3,2%), de produtos têxteis (10,1%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,4%), enquanto as pressões negativas foram registradas por produtos alimentícios (-5,5%), celulose, papel e produtos de papel (-4,4%), produtos de minerais não metálicos (-1,7%), máquinas e equipamentos (-3,5%), produtos de metal (-1,5%), produtos de borracha e de material plástico (-1,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,4%).

Vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-1,5%), que interrompeu doze meses de taxas positivas consecutivas nesse tipo de comparação; e de embalagens (-1,5%), que voltou a recuar após registrar crescimento em março (1,2%) e queda em fevereiro de 2025 (-0,9%).

O setor produtor de bens de consumo duráveis mostrou expansão de 2,0% em abril de 2025 frente a igual período do ano anterior e marcou a décima primeira taxa positiva consecutiva, mas a menos elevada dessa sequência. Nesse mês, o setor foi impulsionado, em grande medida, pela maior fabricação de automóveis (3,9%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (8,7%). Vale destacar também os avanços registrados por motocicletas (5,4%) e pelo grupamento de outros eletrodomésticos (3,1%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram assinalados pelos grupamentos de eletrodomésticos da “linha branca” (-17,7%) e de móveis (-2,0%).

Acumulado no ano avança 1,4%

No índice acumulado no ano de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 1,4%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 50 dos 80 grupos e 53,9% dos 789 produtos pesquisados.

Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por máquinas e equipamentos (9,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%), produtos químicos (4,2%), indústrias extrativas (1,8%) e metalurgia (4,7%). Outras contribuições positivas importantes foram assinaladas pelos ramos de produtos têxteis (11,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,8%), de produtos de metal (2,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,1%) e de móveis (5,0%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-abril de 2024, entre as nove atividades que apontaram redução na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção de óleo diesel e de álcool etílico. Vale destacar também os impactos negativos registrados pelos setores de produtos alimentícios (-0,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), de bebidas (-2,3%) e de impressão e reprodução de gravações (-11,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os quatro primeiros meses de 2025 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (8,8%), impulsionada, em grande medida, pela maior produção de automóveis (7,3%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (13,4%). Os setores produtores de bens de capital (2,6%) e de bens intermediários (1,5%) também assinalaram taxas positivas no índice acumulado do primeiro quadrimestre de 2025 e apontaram avanços mais elevados do que o verificado na média da indústria (1,4%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 0,9%, registrou a única taxa negativa no fechamento dos quatro primeiros meses do ano.



Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br Acessar