O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de outubro foi de 0,09%, 0,39 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,48% registrada em setembro. No ano, o IPCA acumula alta de 3,73% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 4,68%, abaixo dos 5,17% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%.
| Período | Taxa |
|---|---|
| Outubro de 2025 | 0,09% |
| Setembro de 2025 | 0,48% |
| Outubro de 2024 | 0,56% |
| Acumulado no ano | 3,73% |
| Acumulado nos últimos 12 meses | 4,68% |
Em outubro, três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados vieram com variação negativa: Artigos de residência (-0,34%), Habitação (-0,30%) e Comunicação (-0,16%). No lado das altas, as variações ficaram entre o 0,01% de Alimentação e bebidas e o 0,51% de Vestuário.
| IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal | ||||
|---|---|---|---|---|
| Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
| Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
| Índice Geral | 0,48 | 0,09 | 0,48 | 0,09 |
| Alimentação e bebidas | -0,26 | 0,01 | -0,06 | 0,00 |
| Habitação | 2,97 | -0,30 | 0,45 | -0,05 |
| Artigos de residência | -0,40 | -0,34 | -0,01 | -0,01 |
| Vestuário | 0,63 | 0,51 | 0,03 | 0,02 |
| Transportes | 0,01 | 0,11 | 0,00 | 0,02 |
| Saúde e cuidados pessoais | 0,17 | 0,41 | 0,02 | 0,06 |
| Despesas pessoais | 0,51 | 0,45 | 0,05 | 0,05 |
| Educação | 0,07 | 0,06 | 0,01 | 0,00 |
| Comunicação | -0,17 | -0,16 | -0,01 | 0,00 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços | ||||
A queda de 0,30% do grupo Habitação foi motivada pela variação negativa de 2,39% registrada no subitem energia elétrica residencial, sendo o maior impacto negativo no índice de outubro, com -0,10 p.p. Tal movimento reflete a mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, ao invés dos R$ 7,87.
Além disso, houve a incorporação dos seguintes reajustes tarifários: 19,56% em Goiânia (6,08%), a partir de 22 de outubro, 11,21% em Brasília (-0,69%), vigente desde 22 de outubro e 16,05% em uma das concessionárias em São Paulo (-3,17%) a partir de 23 de outubro.
Acumulando alta de 13,64% no ano, a energia elétrica residencial é o principal impacto no período (0,53 p.p.) e, nos últimos 12 meses, a variação é de 3,11% e 0,13 p.p. de impacto.
Veja na tabela a variação da energia elétrica residencial, por região pesquisada, em outubro, além dos acumulados no ano e em 12 meses:
| Região | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
|---|---|---|---|
| Outubro | Ano | 12 meses | |
| Goiânia | 6,08 | 15,09 | 6,41 |
| Belém | -0,62 | 8,79 | 1,93 |
| Brasília | -0,69 | 10,71 | -3,45 |
| Campo Grande | -0,83 | 6,29 | 0,82 |
| São Luís | -1,02 | 23,87 | 14,17 |
| Salvador | -1,54 | 8,51 | -0,60 |
| Porto Alegre | -1,88 | 16,10 | 4,39 |
| Vitória | -2,10 | 23,60 | 11,24 |
| Recife | -2,64 | 12,56 | 1,28 |
| Belo Horizonte | -2,71 | 14,07 | 5,53 |
| São Paulo | -3,17 | 21,60 | 7,58 |
| Aracaju | -3,63 | 15,50 | 5,06 |
| Rio de Janeiro | -3,72 | 4,87 | -4,02 |
| Rio Branco | -3,73 | 0,93 | -7,49 |
| Curitiba | -4,17 | 9,70 | 1,16 |
| Fortaleza | -4,82 | 5,11 | -4,36 |
| Brasil | -2,39 | 13,64 | 3,11 |
O grupo Vestuário (0,51%) apresentou a maior variação no mês de outubro, com destaque para as altas nos calçados e acessórios (0,89%) e na roupa feminina (0,56%).
No grupo Despesas pessoais (0,45%) o destaque é para o subitem empregado doméstico, que subiu 0,52% e o pacote turístico com alta de 1,97%. Ressalta-se que, indevidamente, não foi apropriada, em setembro, a variação do subitem conselho de classe, sendo registrada em outubro a variação de 0,58%, relativa ao acumulado dos dois meses.
Exercendo o maior impacto no índice do mês, com 0,06 p.p., a alta do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,41%) foi impulsionada pelos artigos de higiene pessoal (0,57%) e o plano de saúde (0,50%).
A variação de 0,11% de Transportes reflete a alta da passagem aérea (4,48%) e dos combustíveis (0,32%). À exceção do óleo diesel que caiu 0,46%, os demais combustíveis apresentaram variações positivas em outubro: etanol (0,85%), gás veicular (0,42%) e gasolina (0,29%).
Ainda em Transportes registre-se, também, a incorporação integral do reajuste médio de 14,34% no táxi (0,07%) em Campo Grande (14,34%), vigente desde 12 de setembro, não apropriado no índice de setembro.
Em outubro, o grupo Alimentação e bebidas apresentou variação de 0,01%, com a alimentação no domicílio caindo 0,16%, com destaque para as quedas do arroz (-2,49%) e do leite longa vida (-1,88%). No lado das altas sobressaem a batata-inglesa (8,56%) e o óleo de soja (4,64%).
A alimentação fora do domicílio acelerou na passagem de setembro (0,11%) para outubro (0,46%). Em igual período, o subitem lanche saiu de 0,53% para 0,75%, e a refeição foi de -0,16% para 0,38%.
Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Goiânia (0,96%) impulsionada pela alta da energia elétrica residencial (6,08%) e da gasolina (4,78%). A menor variação (-0,15%) foi registrada em São Luís e Belo Horizonte. Na primeira, a influência veio da queda no arroz (-3,49%) e na gasolina (-1,24%). Já em Belo Horizonte, destacam-se as quedas na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-2,71%).
| IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano e em 12 meses | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
| Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
| Goiânia | 4,17 | 0,75 | 0,96 | 3,42 | 4,68 |
| Porto Alegre | 8,61 | 0,50 | 0,33 | 4,04 | 4,59 |
| Vitória | 1,86 | 0,76 | 0,31 | 4,67 | 5,39 |
| Belém | 3,94 | 0,27 | 0,26 | 3,74 | 4,87 |
| Aracaju | 1,03 | 0,52 | 0,20 | 4,22 | 5,17 |
| Recife | 3,92 | 0,56 | 0,17 | 3,84 | 4,64 |
| Rio Branco | 0,51 | 0,46 | 0,10 | 2,52 | 4,01 |
| Brasília | 4,06 | 0,41 | 0,06 | 3,85 | 4,44 |
| Salvador | 5,99 | 0,17 | 0,06 | 3,17 | 4,39 |
| São Paulo | 32,28 | 0,57 | 0,04 | 4,20 | 5,17 |
| Fortaleza | 3,23 | 0,38 | -0,02 | 3,46 | 4,59 |
| Curitiba | 8,09 | 0,37 | -0,02 | 3,70 | 4,59 |
| Rio de Janeiro | 9,43 | 0,48 | -0,06 | 2,78 | 3,89 |
| Campo Grande | 1,57 | 0,55 | -0,08 | 2,74 | 3,83 |
| São Luís | 1,62 | 1,02 | -0,15 | 3,49 | 4,57 |
| Belo Horizonte | 9,69 | 0,31 | -0,15 | 3,51 | 4,36 |
| Brasil | 100,00 | 0,48 | 0,09 | 3,73 | 4,68 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços | |||||
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além dos municípios de Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio Branco (AC), São Luís (MA), Aracaju (SE) e de Brasília.
INPC tem alta de 0,03% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC registrou alta de 0,03% em outubro. No ano, o acumulado é de 3,65% e, nos últimos 12 meses, de 4,49%, abaixo dos 5,10% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2024, a taxa foi de 0,61%.
Os produtos alimentícios passaram de -0,33% em setembro para 0,00% em outubro. A variação dos não alimentícios passou de 0,80% em setembro para 0,04% em outubro.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,92%) ocorreu em Goiânia, por conta da energia elétrica residencial (6,16%) e da gasolina (4,78%). A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (-0,21%), em razão da queda na gasolina (-3,97%) e na energia elétrica residencial (-2,68%).
| INPC – Variação por regiões – mensal e acumulada no ano e em 12 meses | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
| Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
| Goiânia | 4,43 | 0,80 | 0,92 | 3,15 | 4,41 |
| Vitória | 1,91 | 0,98 | 0,32 | 4,95 | 5,40 |
| Porto Alegre | 7,15 | 0,61 | 0,30 | 4,21 | 4,59 |
| Belém | 6,95 | 0,26 | 0,23 | 3,74 | 4,53 |
| Aracaju | 1,29 | 0,58 | 0,13 | 4,42 | 5,31 |
| Recife | 5,60 | 0,48 | 0,13 | 3,74 | 4,48 |
| Rio Branco | 0,72 | 0,41 | 0,11 | 2,36 | 3,85 |
| Brasília | 1,97 | 0,28 | 0,07 | 3,31 | 3,77 |
| Fortaleza | 5,16 | 0,36 | 0,01 | 3,52 | 4,60 |
| Salvador | 7,92 | 0,16 | -0,01 | 3,09 | 4,27 |
| Curitiba | 7,37 | 0,36 | -0,04 | 3,49 | 4,26 |
| São Paulo | 24,60 | 0,75 | -0,09 | 4,35 | 5,05 |
| Rio de Janeiro | 9,38 | 0,47 | -0,10 | 2,48 | 3,69 |
| Campo Grande | 1,73 | 0,56 | -0,11 | 2,52 | 3,83 |
| São Luís | 3,47 | 0,95 | -0,14 | 3,42 | 4,42 |
| Belo Horizonte | 10,35 | 0,30 | -0,21 | 3,46 | 4,18 |
| Brasil | 100,00 | 0,52 | 0,03 | 3,65 | 4,49 |
| Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços | |||||
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de setembro de 2025 a 29 de outubro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de agosto de 2025 a 29 de setembro de 2025 (base).
Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br Acessar
