IPCA-15 é de 0,43% em abril

IPCA-15 é de 0,43% em abril


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou alta de 0,43% em abril, 0,21 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em março (0,64%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,43% e, em 12 meses, 5,49%, acima dos de 5,26%, observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2024, o IPCA-15 foi de 0,21%.









Período Taxa
Abril de 2025 0,43%
Março de 2025 0,64%
Abril de 2024 0,21%
Acumulado no ano 2,43%
Acumulado nos últimos 12 meses  5,49%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apenas Transportes (-0,44%) apresentou variação negativa em abril. Nos demais grupos destacam-se Alimentação e bebidas, com a maior variação (1,14%) e impacto (0,25 p.p.), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,96% e 0,13 p.p.). Juntos os dois grupos respondem por 88% do índice do mês. As demais variações ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,76% de Vestuário.

















IPCA-15 – Variação e impacto nos grupos
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Março Abril Março Abril
Índice Geral 0,64 0,43 0,64 0,43
Alimentação e bebidas 1,09 1,14 0,24 0,25
Habitação 0,37 0,09 0,06 0,01
Artigos de residência 0,03 0,37 0,00 0,01
Vestuário 0,28 0,76 0,01 0,04
Transportes 0,92 -0,44 0,19 -0,09
Saúde e cuidados pessoais 0,35 0,96 0,05 0,13
Despesas pessoais 0,81 0,53 0,08 0,06
Educação 0,07 0,06 0,00 0,00
Comunicação 0,32 0,52 0,01 0,02
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

No grupo Alimentação e bebidas (1,14%), a alimentação no domicílio acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%).

A alimentação fora do domicílio (0,77%) acelerou em relação ao mês de março (0,66%), em virtude da alta do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%) que haviam registrado, em março, altas de 0,68% e 0,62%, respectivamente.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,96%), o resultado foi influenciado pelos itens de higiene pessoal (1,51%), pelos produtos farmacêuticos (1,04%), após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e o plano de saúde (0,57%).

No grupo Transportes (-0,44%), contribuíram para a queda a passagem aérea (-14,38%) e os combustíveis (-0,38%), com variação negativa nos preços do etanol (0,95%), do gás veicular (0,71%), do óleo diesel (0,64%) e da gasolina (0,29%).

Ainda em Transportes, no ônibus intermunicipal (0,39%) houve reajuste no Rio de Janeiro (5,62%), a partir de 29 de março. O resultado do metrô (-0,95%) considera, além do reajuste de 5,33% na tarifa no Rio de Janeiro (0,53%), a partir de 12 de abril, a tarifa zero aos domingos e feriados decretada em Brasília (-14,36%), vigente desde 1º de março.

Registra-se, também, a alta no táxi (0,57%) em razão do reajuste médio de 10,91% em Porto Alegre (5,84%), a partir de 31 de março, e a queda no ônibus urbano (0,51%), em decorrência da tarifa zero aos domingos e feriados decretada em Brasília (-14,36%), vigente desde 1º de março; do reajuste de 4,17% em Porto Alegre (2,29%) a partir de 31 de março e do reajuste de 15,00% nas tarifas em Belém (0,50%), com início em 14 de abril, também contemplando gratuidade aos domingos e feriados.

No grupo Habitação, que desacelerou de 0,37% em março para 0,09% em abril, o resultado da energia elétrica residencial foi de -0,09%, ante o 0,43% de março, e a taxa de água e esgoto (0,12%) considera o reajuste de 4,17% em Goiânia (2,09%) vigente desde 1º de abril.

Regionalmente, a maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,88%), por conta das altas do tomate (61,16%) e da gasolina (2,25%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,13%), que apresentou queda nos preços do etanol (7,60%) e da gasolina (3,70%).



















IPCA-15 – Variação nas regiões
Região Peso Regional (%) Variação
Mensal (%)
 Variação
Acumulada (%) 
Março Abril Ano 12 meses
Porto Alegre 8,61 0,78 0,88 2,63 5,53
São Paulo 33,45 0,60 0,56 2,47 5,67
Curitiba 8,09 1,12 0,51 2,93 5,77
Rio de Janeiro 9,77 0,63 0,37 2,34 5,18
Belo Horizonte 10,04 0,62 0,36 2,40 6,12
Fortaleza 3,88 0,34 0,34 2,00 4,95
Recife 4,71 0,43 0,34 2,34 4,37
Belém 4,46 0,62 0,33 2,36 4,87
Salvador 7,19 0,58 0,27 2,50 5,38
Brasília 4,84 0,78 -0,02 2,37 5,47
Goiânia 4,96 0,41 -0,13 1,81 5,15
Brasil 100,00 0,64 0,43 2,43 5,49
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 18 de março a 14 de abril de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de fevereiro a 17 de março de 2025 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.



Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br Acessar