Em maio, IBGE prevê safra de 332,6 milhões de toneladas para 2025

Em maio, IBGE prevê safra de 332,6 milhões de toneladas para 2025


Em maio, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 332,6 milhões de toneladas, 13,6% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), com aumento de 39,9 milhões de toneladas, e 1,3% acima da informada em abril, com acréscimo de 4,3 milhões de toneladas.






Estimativa de Maio para 2025  332,6 milhões de toneladas 
Variação Maio 2025/Abril 2025  (1,3%) 4,3 milhões de toneladas 
Variação safra 2025/safra 2024  (13,6%) 39,9 milhões de toneladas 

A área a ser colhida é de 81,2 milhões de hectares, crescimento de 2,7% frente à área colhida em 2024, com aumento de 2,1 milhões de hectares, e acréscimo de 0,2% (146,3 mil hectares) em relação a abril.

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos, somados, representam 92,7% da estimativa da produção e respondem por 87,9% da área a ser colhida. Frente a 2024, houve acréscimos de 4,7% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 11,3% na do arroz em casca, de 3,3% na da soja, de 3,2% na do milho (declínio de 3,6% no milho 1ª safra e crescimento de 5,1% no milho 2ª safra), e de 5,7% na do sorgo, ocorrendo declínios de 4,7% na do feijão e de 14,2% na do trigo.

Em relação à produção, houve acréscimos de 4,5% para o algodão herbáceo (em caroço), de 15,9% para o arroz em casca, de 4,6% para o feijão, de 13,9% para a soja, de 14,1% para o milho (crescimento de 12,8% para o milho 1ª safra e de 14,4% para o milho 2ª safra), de 9,0% para o sorgo, e de 6,6% para o trigo.

A estimativa de maio para a soja foi de 165,2 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 130,8 milhões de toneladas (25,8 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 105,0 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz (em casca) foi estimada em 12,3 milhões de toneladas; a do trigo em 8,0 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,3 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,3 milhões de toneladas.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as regiões Centro-Oeste (17,5%), Sul (7,6%), Sudeste (14,7%), Nordeste (8,7%) e Norte (14,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram crescimento o Norte (3,2%), o Sudeste (1,0%) e o Centro-Oeste (2,6%), enquanto o Sul e o Nordeste apresentaram declínios de 1,2% e 0,1%, respectivamente.

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,5%, seguido pelo Paraná (13,5%), Goiás (11,6%), Rio Grande do Sul (9,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,4% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,1%), Sul (25,3%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,4%) e Norte (6,3%).

Destaques na estimativa de maio de 2025 em relação ao mês anterior

Em relação a abril, houve aumentos nas estimativas da produção da aveia (9,3% ou 111 265 t), do sorgo (5,6% ou 231 442 t), do feijão 3ª safra (4,5% ou 35 793 t), do arroz (3,3% ou 394 347 t), do milho 2ª safra (2,5% ou 2 510 549 t), do algodão herbáceo em caroço (1,7% ou 151 204 t), do tomate (1,5% ou 70 536 t), da soja (0,6% ou 964 849 t), do café arábica (0,6% ou 12 356 t), do café canephora (0,4% ou 4 213 t) e do milho 1ª safra (0,2% ou 60 567 t), bem como declínios da cevada (-23,1% ou -125 562 t), do feijão 1ª safra (-2,0% ou -2 326 t), do trigo (-0,4% ou -34 842 t) e do feijão 2ª safra (-0,2% ou -2 326 t).

Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 169,9 milhões de toneladas (51,1%); Sul, 84,3 milhões de toneladas (25,3%); Sudeste, 29,6 milhões de toneladas (8,9%), Nordeste, 28,0 milhões de toneladas (8,4%) e Norte, 20,8 milhões de toneladas (6,3%).

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (3 603 336 t), no Mato Grosso do Sul (481 610 t), no Tocantins (374 520 t), em Minas Gerais (285 573 t), em Goiás (256 403 t), em Rondônia (228 061 t), em Roraima (38 775 t), no Distrito Federal (38 094 t), em Sergipe (32 127 t), no Rio de Janeiro (179 t) e em Santa Catarina (13 t), enquanto as variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-775 056 t), no Paraná (239 400 t), no Ceará (-31 734 t), em Alagoas (-6 949 t), no Piauí (-4 311 t), no Rio Grande do Norte (-4 150 t), no Maranhão (-3 197 t), em Pernambuco (-2 493 t), no Amazonas (-430 t), no Amapá (-170 t) e no Pará (15 t).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa para a produção é de 9,3 milhões de toneladas, acréscimo de 1,7% em relação ao mês anterior, devido à maior área cultivada (0,4%) e rendimento médio (1,3%). A estimativa da produção encontra-se 4,5% maior que a produção obtida em 2024, com destaque para a área plantada e a ser colhida, que aumentaram 4,7%. A produção brasileira de algodão (em caroço) em 2025 é recorde da série histórica do IBGE.

ARROZ (em casca) – A estimativa para a produção é de 12,3 milhões de toneladas, 15,9% maior do que a obtida em 2024 (10,6 milhões de toneladas), crescimento de 1,7 milhão de toneladas. Em relação ao mês anterior, houve aumento de 394,3 mil toneladas (3,3%). A área a ser colhida foi de quase 1,8 milhão de hectares, apresentando aumento de 178,3 mil hectares frente a 2024, crescimento de 11,3%. Frente a abril, a área apresentou acréscimo de 16,4 mil hectares (0,9%). O bom desempenho reflete a recuperação do Rio Grande do Sul, responsável por 68,8% do total nacional, onde tecnologias como a utilização de variedades melhoradas e utilização de silos móveis permitiram a obtenção de rendimentos elevados, de 8 723 kg/ha, aumento de 4,0% em relação ao último mês.   

CAFÉ (em grão) – A produção brasileira, considerando-se as duas espécies, arábica e canephora, foi estimada em 3,3 milhões de toneladas, ou 55,3 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 0,5% em relação ao mês anterior, tendo o rendimento médio declinado em 0,8%, enquanto a área plantada e a área a ser colhida aumentaram 1,3%.

A produção estimada do café arábica foi de 2,2 milhões de toneladas ou 37,2 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 0,6% em relação ao mês anterior e declínio de 7,0% em relação ao volume produzido em 2024. O rendimento, de 1 449 kg/ha, declinou 1,0% em relação a abril e 6,5% em relação ao ano anterior. Para a safra de 2025, aguarda-se bienalidade negativa, ou seja, um declínio natural da produção em função das características fisiológicas da espécie, que nos anos pares tende a produzir mais, sacrificando a produção do ano seguinte, em decorrência de um maior exaurimento das plantas.

Para o café canephora, a estimativa da produção foi de 1,1 milhão de toneladas ou 18,1 milhões de sacas de 60 kg, acréscimos de 0,4% em relação ao mês anterior e de 5,9% em relação ao volume produzido em 2024, com aumentos de 1,8% na área a ser colhida e de 4,0% no rendimento médio nesse último comparativo. Como os preços do conilon encontram-se apresentando boa rentabilidade, os produtores investiram mais em tratos culturais e adubação, o que resultou na melhoria da produtividade. Há de se ressaltar também que os volumes de chuvas nos principais municípios produtores foram satisfatórios de um modo geral, apesar da demora delas em alguns deles.

CEREAIS DE INVERNO (em grão) – Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. Com relação ao trigo (em grão), a produção deve alcançar 8,0 milhões de toneladas, declínio de 0,4% em relação ao mês anterior e crescimento de 6,6% em relação a 2024. A Região Sul tem seu pico de plantio apenas em junho do corrente ano, e parte dos produtores ainda podem mudar de ideia e dedicar áreas maiores à cultura. Porém, esse cenário parece ainda mais improvável, dado o que se observa a campo, pois além do milho, outras culturas de inverno devem ganhar espaço sobre as áreas antes cultivadas com o trigo, como a cevada e a aveia. A Região Sul deve responder por 86,2% da produção tritícola nacional em 2025.

A produção da aveia (em grão) foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, crescimentos de 9,3% em relação ao mês anterior e de 23,3% em relação ao volume colhido em 2024. Os maiores produtores do cereal são o Rio Grande do Sul, com 961,6 mil toneladas, crescimentos de 13,0% em relação a abril e de 18,9% em relação ao volume colhido em 2024; e Paraná, com 232,2 mil toneladas, aumentos de 0,3% em relação a abril e de 39,5% em relação a 2024.

Para a cevada (em grão), a produção estimada foi de 419,0 mil toneladas, declínio de 23,1% em relação ao mês anterior e crescimento de 0,7% em relação ao volume produzido em 2024. A área plantada apresenta crescimento de 10,4%, enquanto o rendimento tem declínio de 8,8% no comparativo anual. Os maiores produtores da cevada são o Paraná, com 296,1 mil toneladas, declínio de 28,4% em relação a abril e crescimento de 3,1% em relação a 2024, devendo participar com 70,7% na safra brasileira de 2025; e o Rio Grande do Sul, com uma produção de 101,9 mil toneladas, declínios de 7,2% em relação ao mês anterior e de 6,7% em relação ao volume produzido em 2024. A produção gaúcha deve representar 24,3% do total da cevada produzida em 2025 pelo país.

FEIJÃO (em grão) – A estimativa da produção de feijão para 2025, considerando-se as três safras, deve alcançar 3,2 milhões de toneladas, aumentos de 0,3% em relação a abril e de 4,6% sobre a safra 2024. Essa produção deve atender ao consumo interno brasileiro em 2025, não havendo necessidade da importação do produto. O Paraná é o maior produtor nacional de feijão, prevendo uma produção de 874,9 mil toneladas ou 27,0% de participação, seguido por Minas Gerais, com 530,4 mil toneladas ou 16,4% de participação, e Goiás com 358,9 mil toneladas ou 11,1 % de participação.

A estimativa de produção da 1ª safra de feijão foi de 1,1 milhão de toneladas, representando 35,4% de participação nacional dentre as três safras, sendo 2,0% menor frente ao levantamento de abril. Em relação às regiões geográficas, houve queda, no mês, da estimativa da produção de feijão no Nordeste (-3,3%) e no Centro-Oeste (-9,7%), e crescimento no Sudeste (1,3%), no Sul (0,1%) e no Norte (4,0%). Houve aumento nas estimativas da produção em Roraima (92,5%), Minas Gerais (1,5%), Paraná (0,2%) e Mato Grosso (5,1%), e declínios no Distrito Federal (-14,7%), em Goiás (-10,5%), no Mato Grosso do Sul (-14,5%), no Rio Grande do Sul (-0,8%), em Pernambuco (-5,0%), no Rio Grande do Norte (-13,2%), no Ceará (-3,1%), no Piauí (-11,4%), no Maranhão (-0,4%), no Pará (-0,3%) e em Rondônia (-0,7%). Contudo, os números que mais afetaram negativamente em maio, comparativamente a abril, vieram de Goiás, que informou uma produção de 102,5 mil toneladas contra 114,5 mil toneladas em abril; do Piauí, que informou uma estimativa de 39,5 mil toneladas, contra 44,6 mil toneladas em abril; do Ceará, 109,2 mil toneladas, contra 112,7 mil toneladas em abril; e do Rio Grande do Norte, 14,4 mil toneladas, contra 16,5 mil toneladas em abril. A 2ª safra de feijão foi estimada em 1,3 milhão de toneladas, correspondendo a 38,8% de participação dentre as três safras. No comparativo com abril, houve redução de 0,2% na estimativa de produção. Na Região Sul, o Paraná é o maior produtor brasileiro de feijão dessa safra, com estimativa de 534,0 mil toneladas e participação de 42,5% no total nacional. Em relação ao mês anterior, a estimativa da produção apresenta um declínio de 6,4%, em decorrência da redução de 5,2% na produtividade, enquanto a área a ser colhida decresceu 1,2%. Em relação à 3ª safra de feijão, a estimativa de produção de maio foi de 837,2 mil toneladas, aumentos de 4,5% em relação ao mês anterior e de 3,4% em relação a 2024. A estimativa da produção do Mato Grosso, de 176,2 mil toneladas, cresceu 25,8% em relação a abril, havendo um aumento de 25,5% na área plantada. Salienta-se que Goiás e Minas Gerais são as unidades da federação que mais contribuem com essa safra de feijão, correspondendo a 29,2% (244,7 mil toneladas) e 24,3% (203,8 mil toneladas) de participação, respectivamente.   

MILHO (em grão) – A estimativa para a produção do milho totalizou 130,8 milhões de toneladas, crescimentos de 2,0% em relação ao mês anterior e de 14,1% em relação ao volume produzido em 2024. A área a ser colhida apresenta aumento de 3,2%, e o rendimento médio teve crescimento de 10,5% nesse último comparativo, devendo alcançar 5 938 kg/ha. Em 2024, a produção do cereal foi afetada por problemas climáticos em diversas unidades da federação produtoras, devendo recuperar-se em 2025.

O milho 1ª safra apresentou uma estimativa de produção de 25,8 milhões de toneladas, aumentos de 0,2% em relação a abril e de 12,8% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024. A área plantada, na safra corrente, deve cair 2,1%, para 4,7 milhões de hectares, enquanto o rendimento deve crescer 16,9%, em decorrência do clima que tem beneficiado as lavouras na maioria das unidades da federação. Houve crescimento na estimativa em todas as regiões do país: Norte (21,6%), Nordeste (9,3%), Sudeste (2,7%), Sul (20,2%) e Centro-Oeste (12,3%).

A estimativa do milho 2ª safra totalizou 105,0 milhões de toneladas, recorde da produção. Houve crescimentos de 2,5% em relação ao mês anterior e de 14,4% em relação ao volume produzido nessa mesma época em 2024. Em relação a abril, ocorreram aumentos de 0,4% na área a ser colhida e de 2,1% no rendimento médio. Quanto ao ano anterior, houve crescimentos de 5,1% na área a ser colhida e de 8,8% no rendimento médio. Em relação ao mês anterior, as estimativas cresceram em Rondônia (10,2% ou 204,7 mil toneladas), no Tocantins (16,7% ou 315,6 mil toneladas), em Sergipe (3,2% ou 31,2 mil toneladas), no Mato Grosso do Sul (2,9% ou 308,0 mil toneladas), no Mato Grosso (4,0% ou 1,9 milhão de toneladas) e no Distrito Federal (8,5% ou 21,5 mil toneladas). Os declínios foram verificados em Goiás (-1,1% ou -165,6 mil toneladas), no Paraná (-0,4% ou -59,2 mil toneladas), em Alagoas (-4,7% ou -6,4 mil toneladas) e no Piauí (-3,7% ou -18,2 mil toneladas).   

SOJA (em grão) – A produção nacional da oleaginosa deve alcançar novo recorde na série histórica em 2025, totalizando 165,2 milhões de toneladas, um aumento de 13,9% em comparação à quantidade obtida no ano anterior. Neste levantamento, estimou-se um incremento mensal de 964,8 mil toneladas, resultado dos ajustes positivos observados, principalmente, no Mato Grosso (3,0% ou 1,5 milhão de toneladas), em Goiás (1,5% ou 303,1 mil toneladas) e em Minas Gerais (3,9% ou 342,6 mil toneladas). Em contrapartida, o Rio Grande do Sul, neste mês, reduziu sua expectativa de produção anual em 8,6% ou 1,3 milhão de toneladas.

SORGO (em grão) – A estimativa da produção de maio para o sorgo foi de 4,3 milhões de toneladas, aumentos de 5,6% com relação ao mês anterior e de 9,0% no comparativo anual. O rendimento médio foi de 3 090 kg/ha, aumento de 3,1% sobre os 2 996 kg/ha obtidos na safra 2024. No mês, a estimativa de produção foi alavancada pelo aumento de área (4,2%), observado no Centro-Oeste (8,1%) e no Nordeste (2,1%).

TOMATE – A estimativa da produção, em maio de 2025, foi de 4,8 milhões de toneladas, representando um aumento de 1,5% em relação a abril e de 2,5% em comparação ao volume produzido em 2024. No comparativo mensal, a área a ser colhida cresceu 1,4%, passando de 63 190 hectares para 64 047 ha; e o rendimento médio apresentou leve alta de 0,1%, passando de 74 567 kg/ha para 74 671 kg/ha. Em termos anuais, houve avanço de 3,8% na área a ser colhida, acompanhado de uma redução de 1,3% no rendimento médio.



Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br Acessar