Alto Vale do Itajaí sedia nos dias 11 e 12 o 1º Encontro de Ovinocultores para fortalecer a atividade 

Alto Vale do Itajaí sedia nos dias 11 e 12 o 1º Encontro de Ovinocultores para fortalecer a atividade 


Rebanho de ovinos em Santa Catarina é de cerca de 348 mil animais (Foto: Jonatan Jumes / Epagri)

A forte demanda por carne de ovelha nos grandes centros tem impulsionado de forma expressiva a ovinocultura em Santa Catarina. Assim, o estado se tornou o principal abatedouro da espécie, que está transformando a pecuária praticada no território catarinense. Hoje há cerca de 15 mil produtores catarinenses, mas boa parte ainda cria ovelhas como atividade secundária. Para mostrar o potencial econômico da atividade, vai acontecer nos dias 11 e 12 de julho o 1º Encontro de Ovinocultores do Alto Vale do Itajaí, em Santa Terezinha.

O evento começa às 14h no Parque Mata Nativa, com a palestra da produtora Simone Galafassi sobre gestão. Na sequência, acontece uma mesa redonda com três casos de sucesso. O produtor Mauro Rogaski vai mostrar sua experiência de consórcio de fruticultura e ovinocultura. O médico veterinário Sibonei Duarte, da CooperAliança de Guarapuava (PR) vem apresentar as vantagens de trabalhar de forma cooperativa. E o produtor André Michelson vai apresentar seu negócio de confinamento de cordeiros em Rio do Campo.

André e a esposa Eliane Jarosz começaram a atividade em 2017 com 10 matrizes na propriedade dos pais de Eliane e hoje contam com 230 animais das raças Texel, Texel NC (naturalmente coloridas), Île de France e Île de France NC. Apesar da ovelha também ser fornecedora de lã, o foco da propriedade é a carne, já que essas raças têm um melhor rendimento por carcaça. O casal também investiu em pasto de qualidade, e adotou o sistema de rotatividade de piquete, que favorece o controle sanitário.

No final do primeiro dia será oferecido aos participantes um prato chamado Michuim, que é a ovelha assada inteira no rolete. Após o banquete, grupos de dança folclórica italiana e polonesa se apresentam, seguidos de uma roda de viola. 

Produção de ovinos triplicou no Alto Vale nos últimos anos

O segundo dia começa com a palestra do médico veterinário e pecuarista Cesar Henrique Peschel, da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, sobre a importância do melhoramento genético para o sucesso comercial. Em seguida, o veterinário e pecuarista Daniel de Barros (Alisul), vai apresentar tecnologias para aumentar a produtividade. 

À tarde acontece o Dia de Campo, que contará com quatro estações: a fazenda modelo de Eliane e André Michelson (confinamento); cordeiros com padrão de mercado de Aline e Cleiton Balak; atributos da matriz bovina apresentada (veterinário Cesar Henrique Peschel) e a estação comandada pelos profissionais da Epagri Iara Zimmermann e Alexandre Kolling sobre conservação do solo e sobressemeadura em pastagens perene de verão. O evento também conta com um espaço de negócios e expositores de animais e insumos agrícolas. 

O extensionista da Epagri, Osnei Cordova Muniz, está na organização do evento junto com a Associação Regional de Criadores de Ovinos do Alto Vale do Itajaí. Ele conta que viu a atividade crescer de forma exponencial nos últimos anos, daí a importância de ter no calendário anual um evento que reúna produtores e traga novas tecnologias para o aprimoramento da atividade.

Casal André e Eliane trocou a vida na cidade pela ovinocultura em 2017 e sua Cabana Campo de Pastoreio se tornou referência na região (Foto: Eonir Malgaresi / Epagri)

“A ovinocultura sempre existiu no Alto Vale, mas como atividade secundária. O forte da produção rural aqui é o fumo, soja, gado bovino e mel. Em 2022, o tamanho do rebanho era de apenas 1.250 cordeiros. No ano passado, contabilizamos cinco mil cordeiros e a expectativa é que fechemos 2025 com cerca de sete mil animais”, revela. 

Ao longo dos últimos anos, a Epagri, junto a outras entidades, ofereceu cursos de capacitação sobre manejo animal e sanitário, nutrição e pastagens. E para dar suporte aos produtores para investir na propriedade com a compra de matrizes, equipamentos e infraestrutura, eles tiveram acesso ao crédito do fundo de Desenvolvimento Rural. “A ideia é que, em cinco anos, nos tornemos referência na produção de ovinos do Estado”, acredita.

Por Renata Rosa, jornalista bolsista da Epagri/Fapesc

Inscrições e informações
Osnei Cordova Muniz, extensionista da Epagri: (47) 98402-2711
Idalino Filhakoski, Secretário de Agricultura de Santa Terezinha: (47) 99679-0606 

Informações para a imprensa
Isabela Schwengber, assessora de comunicação da Epagri: (48) 3665-5407 / 99161-6596



Fonte: estado.sc.gov.br Acessar