Após investimento em genética, propriedade de Concórdia busca diferenciação certificando rebanho como livre de brucelose e tuberculose

Após investimento em genética, propriedade de Concórdia busca diferenciação certificando rebanho como livre de brucelose e tuberculose


Os profissionais da Cidasc, o médico-veterinário habilitado e a família Resmin celebram a entrega do certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose – Foto: Depto. Regional de Concórdia/Cidasc

No início de abril, o Departamento Regional de Concórdia da Cidasc entregou oficialmente o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose ao produtor rural Jaimir Resmin, de Concórdia. O rebanho da raça holandesa tem 80 animais em lactação, resultado de um longo trabalho de aprimoramento genético. 

A gestora regional Patrícia Caires considera que a conquista da família Resmin é um indicativo do sucesso da Cidasc na implementação de seus programas sanitários. “Certificar uma propriedade é algo a comemorar, é um marco para a erradicação da brucelose e da tuberculose, doenças que são zoonoses, ou seja, que transmitem dos animais para o homem. Então é um problema de saúde pública, combatido pela Cidasc”, afirma a gestora. 

Além da gestora regional e dos produtores rurais, a entrega do certificado foi prestigiada pelo médico-veterinário habilitado Ildemar Brayer Pereira, que assessorou a família durante o processo de certificação. Ele trabalhou durante muitos anos na área de sanidade animal da Cidasc e, ao se aposentar, continuou atuando na iniciativa privada, usando seu conhecimento para fortalecer o setor agropecuário. 

A propriedade da família Resmin produz cerca de 80 mil litros/mês – Foto: Departamento Regional de Concórdia/Cidasc

“Uma das opções que eu tinha era trabalhar com certificação, pois não adianta termos só genética. Precisamos ter genética, nutrição e sanidade, para não perder animais de alto valor. Temos várias indústrias que estão pagando incentivo aos produtores cujas propriedades estão certificadas, o que dá no final do ano um valor total que paga os exames para manter o rebanho certificado e ainda sobra”, avalia Ildemar Brayer Pereira. 

É desta forma que a família Resmin tem atuado, buscando aprimorar o rebanho e se diferenciando também pelo cuidado com a sanidade animal. A sede da propriedade, na Linha São Paulo, está repleta de premiações obtidas em eventos agropecuários. A mão de obra é essencialmente familiar e a produção mensal é de cerca de 80 mil litros de leite. 

A qualidade dos animais foi reconhecida em muitas premiações em eventos agropecuários – Foto: Departamento Regional de Concórdia/Cidasc

Assim como os Resmin, centenas de produtores na região compreenderam que a certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose é benéfica para o produtor: em abril, havia 456 propriedades certificadas no Departamento Regional de Concórdia. No Estado de Santa Catarina como um todo são mais de 3500 com rebanhos livres de brucelose e tuberculose. 

Para certificar uma propriedade, é necessário iniciar o processo junto à Cidasc, no escritório da empresa no município. O produtor preenche a documentação manifestando interesse em obter a certificação e contrata um médico-veterinário habilitado no Programa de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Bovinas (PNCEBT) para conduzir o trabalho. 

É preciso ter dois exames consecutivos negativos para brucelose (fêmeas e machos inteiros a partir de 8 meses) e tuberculose (todos os bovídeos do rebanho com idade a partir de 42 dias), em um intervalo de 6 a 12 meses para a propriedade ser certificada. Para renovar a certificação, é preciso realizar novos exames no rebanho anualmente, antes que o prazo de validade da certificação expire. 

Vale lembrar que é obrigatório que todas as propriedades rurais façam o controle destas doenças, com exames para tuberculose a cada 36 meses e para brucelose a cada 24 meses. Quem escolhe certificar a propriedade faz um controle maior que o exigido por lei, mas desfruta de algumas vantagens, como não precisar fazer o teste de diagnóstico para transportar os animais e participar de eventos agropecuários enquanto seu certificado estiver válido. 

Mais informações à imprensa:
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Fonte: estado.sc.gov.br Acessar