Recém-criado, Núcleo da Polícia Penal de Santa Catarina fez 80 prisões de foragidos em 120 dias

Recém-criado, Núcleo da Polícia Penal de Santa Catarina fez 80 prisões de foragidos em 120 dias


Foto: Divulgação /SECOM

Agilidade, estratégia e resultados. O Núcleo de Busca e Recaptura da Polícia Penal de Santa Catarina (Recap) já se firmou como uma das forças mais especializadas e eficientes no combate à evasão penal no estado. Criado para atuar diretamente na recaptura de presos foragidos e no cumprimento de mandados judiciais vinculados ao sistema prisional, o núcleo tem mostrado, na prática, que segurança pública se faz com técnica, inteligência e ação coordenada.

Criado há 8 meses, o Núcleo de Busca e Recaptura da Polícia Penal – Recap – começou a ganhar corpo e efetividade com a reestruturação promovida na atual gestão da Polícia Penal. Fortalecido e com diretrizes claras definidas pela Portaria nº 683/2025 da Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri), o Recap realizou 80 prisões nos últimos 120 dias, incluindo alvos de alta periculosidade. Desde sua criação, em outubro de 2024, o total já chega a 150 recapturas. Os números impressionam, mas não surpreendem: são fruto de uma organização disciplinada, equipe altamente treinada e operações conduzidas com precisão.

Foto: Divulgação /SECOM

O Recap surgiu da necessidade de reestruturar e dar respostas práticas às novas atribuições da Polícia Penal, definidas após a Emenda Constitucional que instituiu oficialmente a corporação como força de segurança pública. Com a transformação do papel institucional da Polícia Penal no país, tornou-se indispensável criar estruturas especializadas, como o Recap, capazes de enfrentar com eficiência as demandas relacionadas à execução penal, ao cumprimento de ordens judiciais e à contenção de evasões.

Equipe técnica preparada

A equipe é formada por policiais penais selecionados por critérios técnicos e de conduta, passando por uma formação rigorosa ministrada pela ACAPS (Academia de Administração Prisional e Socioeducativa). São habilitados no uso de armamentos como pistola 9mm, espingarda calibre 12, carabina .40 e fuzil 5.56, e submetidos a treinamentos contínuos em progressão tática, abordagens e técnicas de recaptura. A idoneidade moral, o sigilo nas ações e o domínio técnico são pilares indispensáveis para integrar o núcleo.

Foto: Divulgação /SECOM

Cada operação é cuidadosamente planejada a partir de informações repassadas por setores de inteligência, como a Diretoria de Inteligência e Informação (DINF) e a Unidade de Monitoramento Eletrônico (UME), além da cooperação com outras forças de segurança. A atuação inclui o cumprimento de mandados, a localização de monitorados que descumprem medidas judiciais e a recaptura de foragidos do sistema prisional. Também há participação em operações conjuntas com Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público e outros órgãos — inclusive na segurança de grandes eventos, como a Oktoberfest e o Carnaval, utilizando sistemas de reconhecimento facial em meio à multidão.

Com planejamento estratégico liderado por uma coordenação especializada, o núcleo atua de forma ininterrupta, com escalas operacionais e protocolos padronizados. As missões são registradas em relatórios detalhados, fortalecendo a transparência, a prestação de contas e a constante evolução institucional.

Foto: Jaqueline Noceti /Sejuri



Fonte: estado.sc.gov.br Acessar