Dia Mundial das Zoonoses: cuidar da saúde animal é cuidar da saúde humana

Dia Mundial das Zoonoses: cuidar da saúde animal é cuidar da saúde humana


Foto: Divulgação / Cidasc

Neste dia 6 de julho, é celebrado o Dia Mundial das Zoonoses, que são doenças que podem ser transmitidas entre animais e humanos. Em Santa Catarina, o controle e monitoramento de zoonoses em animais de produção são realizados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

“Das doenças emergentes, que estão surgindo em humanos, 75% têm origem animal, portanto são zoonoses. Precisamos falar deste tema, tanto para a população rural, que tem contato com os animais, quanto com a população urbana, que consome proteína animal, para que as pessoas saibam como se prevenir”, destaca a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos. Para cada zoonose, há formas de prevenção que envolvem desde o bom manejo dos rebanhos, cuidando da sanidade animal, até a inspeção sanitária na produção de alimentos.

Ao combater zoonoses em animais de produção, a Cidasc está protegendo a saúde animal e a saúde humana, além de promover condições sanitárias que beneficiam a produção e comercialização de produtos de origem animal, gerando desenvolvimento.

No entanto, é necessário lembrar que o controle de zoonoses é uma responsabilidade compartilhada. À Cidasc, cabem as ações de monitoramento e controle de zoonoses em animais de produção, como a raiva, a brucelose, a tuberculose, o mormo e as salmoneloses (na produção de alimentos de origem animal em agroindústrias). Outros órgãos públicos respondem por ações voltadas ao meio urbano, como a prevenção da dengue, outro exemplo de zoonose.

O controle da raiva, doença fatal que atinge diversos mamíferos, inclusive humanos, é um bom exemplo desta distinção. As equipes da Cidasc fazem o trabalho educativo junto aos produtores rurais e monitoram a presença de morcegos hematófagos em propriedades no campo. Casos suspeitos de raiva em animais de produção (como bovinos, ovinos, caprinos e equinos) devem ser comunicados à Cidasc para investigação. Em áreas urbanas, a responsabilidade é assumida por outras instituições, geralmente as secretarias de saúde.

Uma das ações para o controle da raiva dos herbívoros é o monitoramento de morcegos hematófagos em zonas rurais Foto Departamento Regional de São Miguel do Oeste Cidasc – Foto: Divulgação / Cidasc

No meio urbano ou rural, o que não muda é a necessidade de prevenção. Para a raiva, a vacinação dos animais de produção e de estimação é a principal medida para evitar casos da doença em humanos. Para doenças como a brucelose e a tuberculose, uma das principais recomendações é que o produtor rural realize exames periódicos nos animais para detectar precocemente a doença e evitar a dispersão entre o rebanho. O mesmo deve ser feito em relação ao mormo, uma zoonose que afeta equinos e, em humanos, provoca problemas respiratórios de difícil tratamento.

Outra medida preventiva diz respeito ao consumo de produtos de origem animal, pois algumas zoonoses podem ser transmitidas quando o alimento é produzido com matéria prima obtida de um animal contaminado. O leite de um animal doente pode transmitir a brucelose, se não for fervido ou pasteurizado, bem como os derivados feitos a partir deste ingrediente. O consumo de produtos de origem animal de bovinos com tuberculose pode transmitir a bactéria causadora da doença.

Como parte da estratégia para controlar e buscar a erradicação destas duas zoonoses, a Cidasc tem estimulado os produtores a certificarem suas propriedades como livres de brucelose e tuberculose. “Temos quase quatro mil propriedades leiteiras no estado certificadas e é preciso que a comunidade rural saiba da importância de fazer estes exames em seus rebanhos”, afirma a presidente da Cidasc. Celles Regina de Matos propõe que as autoridades municipais também desenvolvam políticas de estímulo para que os pecuaristas busquem a certificação sanitária.

Além de todo o trabalho realizado pela Cidasc quanto à sanidade animal e quanto à inspeção sanitária em agroindústrias, a ação do consumidor é importante para a prevenção de doenças. A população deve adquirir produtos de origem animal sempre com selo de inspeção sanitária. Isto significa que o estabelecimento em que o alimento foi processado é sujeito à fiscalização e precisa cumprir normas sanitárias, com boas práticas de fabricação e indicação da origem da matéria prima.

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Denise De Rocchi
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Fonte: estado.sc.gov.br Acessar