
Foi instalada nesta terça-feira (25) a Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança e à Defesa Cibernética, composta até o momento por 18 senadores e quatro deputados federais. A frente foi criada no final de 2024, por meio da Resolução 55/24, do Senado Federal, e será presidida pelo senador Esperidião Amim (PP-SC).
Segundo o senador, um dos objetivos do colegiado será conscientizar a sociedade sobre a rápida migração de práticas criminosas tradicionais, como assaltos a bancos e a caixas eletrônicos, para o ambiente digital de forma “sutil e silenciosa”. “Isso significa que deixou de haver cobiça? Não! O ataque agora é cibernético”, disse.
Amim disse ainda que a frente deverá convocar o parlamento para “uma discussão profunda sobre a necessidade e a viabilidade de uma agência nacional de defesa cibernética, reunindo os setores civil e militar”. Por fim, afirmou que considera fundamental a interação entre os setores público e privado para enfrentar os desafios da cibersegurança.
Golpes cibernéticos
Integrante da frente, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) disse ser urgente o Brasil começar a se preparar para os desafios da era digital, especialmente os crimes cibernéticos. “Se não estivermos juntos, focados no problema que temos adiante e trabalhando com os melhores e maiores especialistas, a gente vai ficar para trás”.
Ela sugeriu ainda que a frente tenha como foco as vítimas de golpes cibernéticos. “É muito importante que a gente nunca perca de vista aquele idoso que continua caindo em golpe de WhatsApp, aquela menina adolescente que está sendo vítima de perseguições online, ou coisas piores como crianças que são vítimas de um dos piores crimes da humanidade, que é a pedofilia, dentre tantos outros crimes”, concluiu.
Defesa eficaz
Também participaram da instalação da Frente Parlamentar o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Achilles Furlan Neto, e o secretário-geral do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ivan Correa Filho.
Para Furlan Neto, a frente é um passo importante para tornar a defesa cibernética do País mais eficaz. “Este passo, eu tenho certeza, contribui muito para que a defesa cibernética de todos os nossos ativos, seja bancário, dados especiais, dados do Estado, todos esses dados estejam protegidos”, pontuou.
Segundo a resolução 55/24, entre os temas a serem debatidos pela frente estão:
- modelos de políticas públicas de cibersegurança e defesa cibernética;
- a criação de uma agência reguladora nacional responsável pela coordenação de respostas a ataques e incidentes cibernéticos;
- parcerias entre a indústria de cibersegurança e órgãos públicos para o desenvolvimento de tecnologias e inovações no setor; entre outros assuntos.